Há 30 anos era lançado 007 – Marcado Para A Morte, o 15º filme de James Bond e o primeiro estrelado pelo ator galês Timothy Dalton. O título original, “The Living Daylights”, foi retirado de um conto escrito por Ian Fleming e publicado pela primeira vez no The London Sunday Times em 1962. O filme estabeleceu uma ligeira mudança de direção para a série, explorando o personagem de 007 e o potencial dramático nas histórias de Bond.
Assim que o produtor Albert R. “Cubby” Broccoli decidiu reformular o papel de James Bond, Michael G. Wilson e Richard Maibaum começaram a trabalhar em idéias para a trama. Como ponto de partida para o roteiro, optaram em usar o conto The Living Daylights, traduzido originalmente no Brasil como Encontro Em Berlim.
No filme, Bond precisa defender um oficial de alto-escalão soviético que revela para o MI6 que o chefe da KGB está matando sistematicamente agentes britânicos e americanos. Quando o desertor é sequestrado, Bond o segue pela Europa, Marrocos e Afeganistão e descobre um grande esquema de contrabando de armas que coloca o destino do mundo em jogo.
Como inspiração para o personagem General Koskov, os roteiristas analisaram a história real de um oficial da KGB que havia desertado para a CIA em 1985, e depois retornou para a União Soviética. As mudanças na liderança da União Soviética ajudaram a definir a história e a guerra no Afeganistão proporcionou um cenário único para a trama.
Timothy Dalton já havia sido considerado para o papel de James Bond em 1971 após o lançamento de 007 – Os Diamantes São Eternos. Na época, foi descartado pelos produtores por ser jovem demais. À medida que o roteiro de 007 – Marcado Para A Morte tomava forma, os testes para o papel de Bond também continuavam nos Estúdios Pinewood, e entre os atores que estavam sendo considerados para o papel na época estavam Sam Neil, Mel Gibson, Mark Greenstreet, Christopher Lambert e Andrew Clarke. Com algumas mudanças na agenda de filmagens, Timothy Dalton foi o escolhido para assumir o papel.
O papel da violoncelista tchecoslovaca Kara Milovy ficou a cargo da atriz e ex-modelo inglesa Maryam d’Abo, que já havia feito testes para outro papel na série em 007 – Na Mira Dos Assassinos.
As gravações com a 2ª Unidade começaram no dia 17 de setembro de 1986 em Gibraltar, e quando Dalton mais tarde juntou-se a produção, impressionou a todos da equipe realizando muitas de suas próprias cenas de ação em cima de um Land Rover em movimento, na famosa sequência de abertura.
A produção mudou-se para Viena, onde uma grande coletiva de imprensa apresentou o novo James Bond para o mundo. O diretor John Glen e sua equipe filmaram em vários pontos famosos da cidade antes de partirem para Tangier, no Marrocos, locação para várias cenas externas incluindo a perseguição no telhado quando Bond escapa da polícia marroquina. As filmagens continuaram em Ouarzazate, locação que mais tarde no filme foi usada como base aérea soviética no Afeganistão. Em dezembro, quando a equipe retornou para os estúdios Pinewood na Inglaterra, receberam a visita ilustre do Príncipe Charles e da Princesa Diana.
O filme marcou a volta da parceria com a montadora britânica Aston Martin. A perseguição com o modelo V8 Vantage Volante em um lago congelado foi filmada em Weissensee, na Áustria. John Glen sugeriu que, no final da sequência, Bond e Kara Milovy deveriam abandonar o carro e usar o estojo do Violoncelo de Kara como trenó para escapar pela fronteira. O estojo era feito de fibra de vidro e tinha esquis na parte inferior e controles pelas alças laterais.
007 – Marcado Para A Morte foi o 11º e último filme Bond que contou com a participação do compositor John Barry na trilha sonora, notável pela introdução de faixas eletrônicas sobrepostas à orquestra, uma inovação na época. Para homenagear seu legado, o compositor teve uma participação especial como maestro na cena final. A música-tema “The Living Daylights” ficou a cargo da banda norueguesa A-ha, e foi escrita em parceria com Paul Waaktaar-Savoy, guitarrista da banda.
httpvh://www.youtube.com/watch?v=IXAVKJTIM1E
As filmagens encerraram no dia 13 de fevereiro de 1987. Uma semana depois, o produtor Alberty R. “Cubby” Broccoli recebeu a Ordem Honorária do Império Britânico.
007 – Marcado Para A Morte trouxe de volta o realismo e a espionagem para a franquia, mostrando um lado mais obscuro de James Bond. O filme foi um sucesso mundial no verão de 1987, com orçamento de US$ 40 milhões, arrecadou o equivalente a US$ 191,2 milhões nas bilheterias.
Via 007.com
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